quarta-feira, julho 20, 2005

Para o destino

Gostaria de poder escapar de ti. Gostaria de resolver meus problemas em uma mesa de tarô. Gostaria sim. Acreditaria? Acreditaria que não fui eu quem escolhi? Gostar de quem mora longe. Gostar de quem não me quer. Não procurar elogios. Não querer nem a mim. Sim, o tarô! Salvação da vida minha! Não pisar em ovos. Não chorar sozinha. Não sair escondido. Sem mais conversas triviais, quase que por obrigação, nem sentimentos pelos olhos. Preveniria, faria, pararia. Se ao menos pudesse acreditar em você.

segunda-feira, julho 11, 2005

A Rapidinha Também Tem O Seu Valor?

Volto a um ponto que já comentei aqui, acho que na minha primeira contribuição.
Saímos ontem à noite, eu e a Doutora, para comer um "Ultimate Nachos" regado a cerveja. Lugarzinho pop, azaração, casais, etc.
O Flávio Gikovate adora comentar que os jovens deram uma contribuição relevante aos relacionamentos, o "ficar com". Para que já usufruiu disto, não vou cuspir no prato que comi. Mas para mim isto foi a inauguração de um novo tipo de relaciomanento: a Relação Pop. Consumível, descartável, não necessariamente memorável. Pode-se argumentar que estamos fazendo um "test drive" de caráter sentimental e tátil, mas na conta das evoluções, precisamos debitar mais uma. Meninas, vocês não sabem como era gostoso ter que "pedir em namoro" e esperar um, dois ou três dias pela resposta. Nos corredores da escola, encostávamos as melhores amigas na parede, "e aí, ela comentou algo com você? Tenho chances?". Fetiche de coroa, talvez. Mas na minha época já rolava a ficada, mas quando era de ficar, só não rolava namoro se algumas das partes fossem muito toscas.
Isto "evoluiu" ao realmente pop. Efêmero, breve, oco, vazio, portanto, sem sentido. Grande parte dos casais ontem ali presentes estavam na espreita. Tipo: meu carro hoje é um Fiesta. É bom, atende as minhas necessidades. Mas sabe como é... Eu mereceria mais não? Estou juntando uma grana, na batalha... numa dessas eu embarco em um Astra. Depois, visulumbro um Pajero, por aí vai.
Casalzinho padrão Crystal Plaza ao lado. Rapaz fortão. Boné. Von Dutch, claro. Namoradinha (ficante?) a tiracolo. Loira, claro. Não totalmente. Ops, não fiquei tão íntimo da moça, mas algumas raízes escuras despontavam. Malhada, sarada e, o mais importante, com aquela carinha "tá bom, mas nada me satisfaz". Olha ao lado. Estou aqui. Se estou acompanhado, então para ela vale a pena a olhada. Dá uma "escaneada":
-Celular Visível? Qual marca?
-Tênis? Da moda? Qual?

E, claro, o mais importante:
-Chaveiro do carro? Cadê????

Dá uma geral, nada que valha a pena a troca. Subitamente ela deixa de olhar-me, já emborca na direção de outro casal, que estava em uma mesa na diagonal entre nós. Tive dó do rapaz que a acompanhava, era gentil, solícito, cumprindo os canônes: puxou a cadeira pra ela, chamou o garçon adequadamente, essas coisas.
Aquilo não era uma ficada, já chegaram juntos de mãos dadas. Se ficou e gostou, assuma. Vista a camisa. Pessoas não são marcas, não são descartáveis. Cada um de nós tem uma beleza única. Se a ficada valeu, viva a beleza e não a traia. Seja honesta, se não te apetece mais, saia. Mas nada de ficar procurando uma grama e, ao achá-la ficar pensando se a do vizinho vale a pena a pisada.

domingo, julho 10, 2005

Sim, eu sei que este blog tem cinco pessoas...

Não estou com vontade de escrever. Verbo estar, não o ter. Pensei em tapar o buraco de sei lá quantos dias com posts passados, mas nada do que escrevi até hoje pareceu me representar. As idéias soltas, não encontram lugar e vagam perdidas. Quando as encontrar, aviso.