segunda-feira, maio 22, 2006

Confusão confusa

Eu disse que tinha ouvido alguém falar que escutou dizer algo mais ou menos daquele jeito, entende? Não adiantou nada me avisarem que eu iria cair em uma armadilha qualquer dia desses quando eu menos esperava. Esperei, mas não esperava, sabe como? Nem eu sei, essa é a verdade. Nem sei do que iam me falar que escutaram alguém dizendo uma coisa que era importante. Ou que não fazia a menor diferença. O fato é que sempre que alguém escuta dizer que falaram alguma coisa é porque não se deve abrir os ouvidos. Never ever.

segunda-feira, maio 08, 2006

Isso não é TPM. É pior.

Aquela sensação irresignante está de volta. Um desconforto interno insuportável que queima a alma. Um sei-que-não-sei lá, incompreensível. Não entendo isso às vezes. Minha mente racional tenta racionalizar coisas que talvez sejam irracionalizáveis. Afinal, o sentimento é irracional. Ou não? A causa dele seria racional? E, depois, o corpo desconfortável pagaria o preço dos efeitos da suposta racionalidade? Tantas perguntas inúteis. Não me servem de nada perguntas sem respostas agora. Elas só potencializam os efeitos das queimaduras. E como elas dóem. Têm a ver com alguém, alguma coisa, algum lugar. Não sei bem ao certo precisar. Ou sei? Talvez saiba. Mas não quero que isso se transforme em letras. Muito menos em palavras. Pior ainda em frases. Tampouco em significado. Talvez eu queira ignorar o ignorável. Que o amor nunca passou daquela mera ilusão. De uma nuvem passageira que consome e mata. Não importa quanto tempo gaste para fazê-lo. Mas o final mórbido é indelével. Estamos fadados a isto? Seria uma maldição? Estaríamos presos ao mito de Eros? Não sei. Talvez quisesse saber. Talvez quisesse, ainda, descobrir isto com alguém. Mas a voz que acompanhava a minha se foi, em devaneios incompreensíveis. Não mais diz. Apenas murmura. Produz sons estranhos a mim. Quisera eu compreendê-los. E nunca deixar de fazê-lo. Assim, a plenitude estaria restabelecida. E a felicidade uma constante.