segunda-feira, junho 05, 2006

Da insignificância e da aniquilação do humor pessimista

Acordei de péssimo humor. A inércia não me contenta. A preguiça é irritante. As palavras de alento são odiosas. A vontade de gritar é iminente. Os pássaros têm cor de neve. O céu é puro gelo. O ar é pesado e frio. Pro inferno a desilusão. Pro inferno a dor. Pro inferno as angústias existenciais e o romantismo cego. Pro inferno tudo aquilo que reflete cheiros, e que cheira a imagens. Pro inferno tudo que é irreal. Pro inferno tudo que é real. A mim, resta-me o sonho. Com ele que hei de iluminar meus pensamentos. Com ele deitam-se os sentimentos ruins em busca de purificação. Com ele o péssimo humor não passa de uma simples partícula de poeira, que o vento leva para longe. Com ele o coração renova a alma e aquece os dias. Com ele nem a pior das tempestades destruiria o que há de mais belo e sublime: o amor.