terça-feira, julho 27, 2010

O fim impossível ... ou A inexorável esperança despedaçada

Já sinto as náuseas me adoecerem,
Já sinto o gosto das lágrimas,
o grito de dor,
a efervecência do vômito em minhas entranhas.
Porque sinto que não mais és meu,
Porque sinto que não mais me amas.
E agora me restam apenas palavras
duras, amargas e sombrias,
únicas testemunhas do meu pranto,
do meu horror,
da minha profunda aniquilação.
Quisera eu hoje não ter acordado,
não ter sentido,
não ter falado nada.
Quisera eu ser uma estátua,
parada, perfeita e bela.
Quisera eu nunca ter te amado,
porque nunca teria a certeza
de que te amarei para sempre.