quarta-feira, abril 08, 2015

O depois

A chuva chora tua ausência
enquanto meu coração pulsa doloroso
A lua hoje não espera nada
porque tudo aquilo
aquela aurora cósmica e infinita
aquele momento de pura redenção 
sequer jamais existiu
Seus lábios, repletos de beijos,
e seus quadris generosos
são apenas fábulas inebriantes 
que o sol, a cada manhã,
devora com boca abrasadora
e, sem dó, 
abandona o dia pálido
aos sortilégios de um outono
sombrio e cálido
... vigorosamente cálido.