domingo, novembro 14, 2004

O Sempre dentro do Nunca

Cheguei à conclusão de que meu sentimento amoroso tem efeitos ex tunc. Quando escrevi sobre a chuva, imaginava meu ideal romântico, sem sequer ao menos conhecê-lo. Achava-o em todas as faces, mas nenhuma era realmente sua. A chuva habitou minha mente por muito tempo, e o mistério das nuvens cinzentas cegou meu pueril coração. Permaneceu ali, inerte, descrente. Por fim, conformou-se. Mas eis que as gotas começaram a cair no momento em que os olhares se encantaram do linguajar poético. Tudo agora fazia sentido. O sonho tempestuoso virou realidade. As gotas escorreram em meio aos lábios apaixonados. O coração alcançava a maior liberdade que se pode conquistar. E esta liberdade é paz, que tranqüiliza e faz voar a alma. Infinita.

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