domingo, janeiro 09, 2005

Viajar me alimenta a alma

Andava preocupada. Acreditava que Buenos Aires não poderia comigo. Quem não pode com Buenos Aires fui eu. A ceia de Ano Novo - salgadinhos - foi no Albergue da Juventude, o porre na rua e a cura da ressaca se deu na grama de uma praça.

Entrei no novo ano aprendendo algumas coisas. Aprendi que não se deve misturar vinho, champagne barata, cachaça sabor de canela e cerveja, e no caso de se misturar, não tentar dançar tango, porque você vai cair e machucar o joelho; que não se deve passar mal no albergue e obrigar a sua amiga a te dar banho frio.

Entrei no novo ano esquecendo de coisas, andando pelo Cemitério, dormindo na praça com os mendigos, protestando. Entrei com calor, na flor, com dor, com saudade, dormindo com o inimigo. Escutei sabedorias de um fotógrafo/cartomante. Me disse que eu era feliz, estava estampado em minha cara. Foi um bom começo.

Um brinde a Buenos Aires!

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