segunda-feira, maio 02, 2011

A Chuva

Tão saborosa é a chuva quando o corpo está aquecido do calor do sol; as gotas escorrem pela pele, produzindo uma sensação de liberdade, de desapego, que devolve a alma às forças universais.
Tão dolorosa é a chuva quando o corpo está gelado da escuridão da noite; as gotas escorrem pela pele, produzindo uma sensação ainda maior de vazio, de dependência, aprisionando a alma aos devaneios mundanos.
Tão inesquecível é o amor, que dá luz ao dia e ilumina nosso espírito; suas brasas são incendiárias e suas chamas inexauríveis.
Tão devagar é o esquecimento, que arrasta o minuto dos dias e faz da angústia o cotidiano.
Tão platônico é o meu desejo de tê-lo como sol e ver a chuva chegar, porquanto a maior liberdade que um coração pode alcançar é estar preso àquilo que chamamos de amor verdadeiro.

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