terça-feira, setembro 21, 2004

Recado ao novo amor

Chega devagar, desinteressado. O tempo parece parar, mas passa rapidamente. Primeiro olha, depois se aproxima. Aos poucos. Olha intimamente, fica mais perto. Fala. Suavemente. Sente as batidas do coração lhe saltarem pelo peito. Fica mais perto, sente o cheiro. O coração acelera-se. O calor da pele já é palpável, os lábios se tocam. Paixão.
Ao novo amor, se desejar este coração, que o faça cuidadosamente. Embora delicado, sente tudo de maneira intensa. Deve tomá-lo com carinho, conquistá-lo aos pouquinhos. Meu coração é frágil, precisa de tempo para amar. É livre, mas profundo. Apega-se, mas deixa solto. Delira, mas é assente. Anda a esmo, mas é fiel. Fala pouco, mas diz tudo. Espera, mas não vê a hora. Morre de amor, mas continua vivendo.

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