9.49 Psicose, que nada
Gosto horrível de fome na boca. Antibiótico vai, antibiótico vem, dor de cabeça, ouvido estourando, garganta fechada, dificuldade para respirar, engolir nem pensar, falar ainda menos, amígdalas derretidas, e aquela febrezinha básica de dar arrepios. Para ajudar, início do sangramento menstrual com fluxo ininterrupto de quatro a sete dias, seguido de dismenorréia primária (cólica) e alterações de humor repentinas. Para auxiliar a dor, antiinflamatórios, leite aquecido com ovomaltine e Tylenol 750mg a cada oito horas. Os minutos do relógio não passam, assim como a dor e a vontade irracional de comer algo que se mastigue. Mal-estar generalizado, dores musculares, sensação de fraqueza, sensibilidade exacerbada, sonolência e um desejo incontrolável de desaparecer.
Tudo isso desmoronou ontem, às 9 e 49, quando chegaram em minhas mãos a mais linda rosa e um gentil cartão com carinhosas palavras de um certo cavalheiro, que me fizeram esquecer toda a dor, todo o mal-estar, toda a sensação de impotência causada por uma infeliz crise de amigdalite crônica... A dor nunca foi tão doce, nem a vida tão bela...
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