sexta-feira, abril 23, 2004

9.49 Psicose, que nada

Gosto horrível de fome na boca. Antibiótico vai, antibiótico vem, dor de cabeça, ouvido estourando, garganta fechada, dificuldade para respirar, engolir nem pensar, falar ainda menos, amígdalas derretidas, e aquela febrezinha básica de dar arrepios. Para ajudar, início do sangramento menstrual com fluxo ininterrupto de quatro a sete dias, seguido de dismenorréia primária (cólica) e alterações de humor repentinas. Para auxiliar a dor, antiinflamatórios, leite aquecido com ovomaltine e Tylenol 750mg a cada oito horas. Os minutos do relógio não passam, assim como a dor e a vontade irracional de comer algo que se mastigue. Mal-estar generalizado, dores musculares, sensação de fraqueza, sensibilidade exacerbada, sonolência e um desejo incontrolável de desaparecer.
Tudo isso desmoronou ontem, às 9 e 49, quando chegaram em minhas mãos a mais linda rosa e um gentil cartão com carinhosas palavras de um certo cavalheiro, que me fizeram esquecer toda a dor, todo o mal-estar, toda a sensação de impotência causada por uma infeliz crise de amigdalite crônica... A dor nunca foi tão doce, nem a vida tão bela...

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