quarta-feira, julho 07, 2004

Dias (insanos) de TPM - diga-se, "P" do francês "pendant"

Estou manhosa sim, carente, sou frágil, e daí? Gosto de sentir-me assim, às vezes. Gosto de sentir a fina linha que me separa do universo, de todos, do nada. Vontade de chorar. Chorar, não, gritar. Gritar não, espernear. Mas não há forças. Ah, sim, gritei. Ninguém ouviu. É que gritei aqui dentro, baixinho. Mas gritar baixinho não é grito. É sussurro. Então sussurei. Mas eu queria mesmo é gritar. Gritar não, chorar. Chorei. Mas chorei em meu pesadelo, dormindo. Chorar dormindo, sem lágrimas de verdade, não é chorar. Então sonhei. Quero amar. Amar, não, me apaixonar. Sentir aquele friozinho na barriga, aquele nervoso, aquela inquietação deliciosa. Mas meu coração está partido. Partido não, despedaçado. Despedaçado assim, com os pedacinhos emendados. Mas o que está emendado não está partido. Então não estou apaixonada. Mas e esse friozinho que estou sentindo? Ah, passou. E, se passou, não deve ser nada. De novo. Mais uma vez. Arrepios. Calafrios. Mas que diabos...? Ah, só podia ser! A janela. Escancarada.

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