sábado, julho 03, 2004

Ontem

Ontem foi um daqueles dias estranhos, tão típicos de Curitiba, daqueles em que não faz frio, nem calor e é possível ver pessoas usando cachecol e luva ao lado de outras de regata. Ontem foi um daqueles dias estranhos, daqueles em que ninguém parece estar certo sobre o que sentir.

Uma vez alguém me disse que tinha grandes idéias enquanto tomava banho. Eu, não. Eu tenho grandes idéias enquanto dirijo. Sempre que preciso pensar, pego o meu carro e dirijo de noite em alguma estrada.

Ontem, na volta para casa, percebi que precisava dirigir e assim o fiz. Era tarde da noite e pude experimentar aquela sensação que o acaso proporciona, naquele que não chega a ser um minuto, em que não há mais ninguém na estrada, nem nenhuma casa à vista e você fica ali, sozinha, na completa escuridão e lembrei que durante a maior parte deste semestre, tudo pareceu dar errado em tudo.

Mas ontem, um daqueles dias em que ninguém parece saber o que sentir, eu soube exatamente o que eu sentia: senti que eu sou, sim, feliz e que eu não deixaria que nada me fizesse pensar o contrário.

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