terça-feira, junho 29, 2004

As (in)verdades sobre o mundo feminino

Que a mulher é um ser complexo, todos nós já sabíamos. As divergências, entretanto, giram em torno da definição do que é complexo. Erra quem diz que é um somatório biológico de variações hormonais. Erra quem defende que é o excesso de sentimentalidade. Erra quem fala que é falta de racionalidade. Erra quem entende que é a possibilidade de gerar um outro ser. Erra quem acha que é indecifrável.
A complexidade do ser feminino é paradoxal. Erra quem não considera que cada mulher é única, e todas são uma ao mesmo tempo. Erra quem julga que é simples ser mulher, em um mundo que ainda é machista. Erra quem acha que só porque algumas mulheres são, outras deverão ser. Erra quem quer que a mulher não seja complexa nunca, mesmo sendo previsível às vezes. Erra quem acha que a TPM se cura com reações análogas, enquanto a chave está no encantamento. Erra quem supõe seja difícil conquistar uma mulher, sendo que a mulher apaixona-se ao menor gesto verdadeiro. Erra quem pensa que essa paixão não conhece limites, mesmo que ainda continue a existir. Erra quem tenta racionalizar o que é sentimental. Erra quem sentimentaliza o que deveria ser racional. Erra quem não se esforça para entender a mulher, mesmo que isso signifique não entender nada. Erra quem tenta definir o ser feminino, quando para ele não há definições. Erra quem acha que a mulher seria, ao invés de admitir que ela simplesmente é. Quem nunca cometeu um desses erros, erra. Quem acha que um dia irá entender a fundo isso tudo que escrevi sonolenta, ou é mentiroso ou é bicha.

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