terça-feira, maio 11, 2004

Abaixo o Amor

Não quero amor, quero paixão. Daquelas avassaladoras e fugazes, cuja duração não é contada em meses ou semanas, mas sim em dias ou talvez horas. Quero escolher sem ser escolhida, ser amada sem amar em retorno. Quero sexo por sexo, sem compromisso. Quero alguém para usar e um ego para machucar.

Perdi a capacidade física de chorar. Fazem dois meses desde que a última lágrima escorreu pelo meu rosto. Não que eu não queira chorar. Há dias em que não quero mais nada a não ser chorar, com vontade. Seria bom se a dor que sinto se materializasse em uma gota d'água e rolasse para fora de mim, só para que eu pudesse observá-la secar, na esperança de que junto com ela, secasse também a minha dor.

Mas fui privada desse prazer. E estou decepcionada comigo mesma. Odeio a pessoa em que me transformei. Sempre me considerei uma pessoa forte, mas hoje sei que não sou. Sou fraca, tão fraca quanto qualquer "ex-apaixonada/o". Agora só me resta conviver com o fato de que o que fui até agora era apenas a imbecil essencial em recesso provisório e que sou sim aquela adolescente (ver post do dia 22 de Março) e aceitar essa nova condição. Já era sem tempo...

Pergunto-me se algum dia alguém superou de verdade uma dor-de-cotovelo... Eu acho que não...

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