segunda-feira, maio 17, 2004

Dramalhão Mexicano

Todas somos melodramáticas. O melodrama deve ser intríseco às mulheres, deve estar gravado em nosso DNA e eu, neste caso, não fujo à regra. É claro que melodrama em doses altas, altíssimas, como as vistas em meu último post, "Abaixo o Amor" não fazem parte do meu dia-a-dia, mas em minha defesa, meu primo Ernesto aportou em minha casa poucos dias após a publicação, cerca de 10 (dez) dias antes do combinado, caracterizando, portanto, a atenuante da Tensão Pré-Menstrual.

Não que eu não acredite no que escrevi, pelo contrário, mas algumas coisas mudaram desde que escrevi o tal post. Na verdade, quase que minutos depois: eu consegui chorar. Lágrimas não escorreram pelo meu rosto porque tive que segurá-las, dado o local onde eu me encontrava, mas chorei sim, mesmo não querendo. Chorei de puro desespero ao perceber, de verdade, que o que eu era não representava nada além da "imbecil essencial em recesso provisório". Porque isso aqui é apenas blá blá blá, o papel aceita tudo. Outra coisa é saber, sentir, no fundo do estômago, que se é patética.

Pelo menos não estou sozinha, tenho como companheiro o resto do mundo. Percebi que somos todos patéticos, quer admitamos ou não. Somos patéticos ao terminar um relacionamento, ou ao começar um, até mesmo durante. Somos patéticos para assegurar o imediatismo nosso de cada dia ou quando dizemos querer ficar sozinhos. Vai dizer que não? E porque isso deve ser algo ruim? Aquele que não for patético, que atire a primeira pedra...

Epílogo

Eu nem gostei deste post. Mas também eu nunca gosto de nenhum que eu escrevo. E no futuro, para evitar ser incompreendida (impossível), tomarei mais cuidado ao escrever em primeira pessoa.

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